domingo, 19 de agosto de 2012

Dia Mundial da Ajuda Humanitária

Em todo o planeta, eventos causados pelo homem e pela natureza, como guerras, migrações e deslocamentos forçados de povos, enchentes, escassez de água e alimentos, seca, surtos de doenças, dentre outros, ensejam a necessidade da ajuda humanitária. O lema é:

"Faça uma coisa boa em algum lugar para alguém"

"AJUDE alguém com as suas compras
FAÇA à uma pessoa desabrigada um sanduíche
DOAR suas habilidades para um projeto comunitário
LEVANTA-SE para alguém ser escolhido em uma
VISITA à uma pessoa idosa
COZINHAR uma refeição para uma nova mãe
CONFORTAR alguém no hospital
DAR algo que você não usa
CORTAR o gramado para seu vizinho
SER tutor à jovens desfavorecidos
LIMPE seu parque local"

Em ação com a divulgação da causa, encontramos uma homenagem da cantora Beyoncé na íntegra e você pode conferir o vídeo logo abaixo:


Celebra-se a solidariedade e a dedicação daqueles que arriscam as suas vidas para ajudar pessoas em condições de extrema adversidade e vulnerabilidade. Esta data foi instituída em 2003, quando um atentado no escritório da ONU em Bagdá (Iraque) feriu mais de 150 pessoas e matou 22, dentre elas o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, destacado membro do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) em missões humanitárias e de manutenção da paz.
Em todo o planeta, eventos causados pelo homem e pela natureza, como guerras, migrações e deslocamentos forçados de povos, enchentes, escassez de água e alimentos, seca, surtos de doenças, dentre outros, ensejam a necessidade da ajuda humanitária. Soma-se a esta já intricada equação as mudanças climáticas e os seus eventos extremos, cada vez mais frequentes. Somente nos últimos seis meses, a CARE prestou ajuda humanitária a 6.5 milhões de pessoas, afetadas por 8 conflitos, 24 desastres naturais e 11 crises crônicas e complexas, de um total de 72 milhões de pessoas afetadas somente pelo conjunto destes eventos.
A ajuda humanitária é possível graças a solidariedade humana, mas é necessária também porque falhamos como sociedade ao não atendermos as necessidades básicas de um grupo de indivíduos. Talvez nunca tenhamos um mundo perfeito a ponto de que a ajuda humanitária seja desnecessária. Porém, temos obrigação de lutar para que estes eventos não se convertam em um ciclo improdutivo e comprometam os esforços de combate à pobreza e promoção do desenvolvimento já instalados.
Se por um lado, o Brasil é abençoado por não sofrer com desastres naturais como terremotos, furacões ou maremotos, por outro, cada vez mais recrudescem os efeitos de eventos extremos ligados ao excesso ou a falta de água, que afetam principalmente as populações mais vulneráveis. Todo ano sabemos que em vários pontos do país, os tradicionais temporais de verão provocarão desabamentos, enchentes, deixarão mortos e desabrigados e que a seca comprometerá a produção de alimentos de centenas de famílias. Mesmo assim, essa rotina invariavelmente se repete. Enquanto isso, populações continuam morando em áreas de risco, a degradação ambiental favorece esses tipos de tragédia e a população em geral continua amplamente despreparada para perceber os riscos e ameaças à sua volta e enfrentar os desastres e os seus efeitos.
A CARE Brasil passou a prestar ajuda humanitária em abril de 2010 e desde então atuou ou ainda atua na região serrana do Rio de Janeiro, São Gonçalo (RJ), região do Alto Acre e Capixaba (AC) e em Nova Contagem (MG), locais afetados por chuvas torrenciais e com populações em situação de grande vulnerabilidade social. Em todas essas experiências, reconhecemos que as pessoas afetadas não poderiam lutar contra as intempéries da natureza. Porém, com uma melhor preparação da população, medidas estruturais e estruturantes, enfim, com informação, prevenção e redução de riscos de desastres, muitas vidas seriam poupadas e prejuízos, minimizados.
Claramente, podemos comparar a ajuda humanitária como o remédio que minimiza uma dor, ataca um sintoma. Ela não pode substituir o ataque às reais causas estruturais dos problemas que a geram e, sem atacar as causas desses complexos problemas, nunca nos livraremos desse ciclo vicioso. Mas até mesmo no contexto da ajuda humanitária é possível atacar causas estruturais e destaco a importância do investimento na formação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDEC), como instrumento da política nacional de Defesa Civil e prática de fortalecimento comunitário e de parceria entre comunidades, ONGs e governo. Esta prática, testada pela CARE, merece a nossa atenção pois transforma, no contexto dos desastres, vítimas em protagonistas.
Neste Dia Mundial de Ajuda Humanitária vamos render homenagens à solidariedade humana e honrar todos aqueles que dispõem de seu tempo e recursos para ajudar o próximo. Mas este também é um momento para nos conscientizarmos que todos somos responsáveis pela construção de uma humanidade mais justa, igualitária e resiliente. Façamos, portanto, a nossa parte, com atitudes solidárias, de generosidade e de comprometimento com a autonomia daqueles que são apoiados por nós.

TRADUÇÃO DA MÚSICA:  http://migre.me/alSy1
FONTE: www.bagarai.com.br

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